Enfim, a gente não tem o médico da família para quem podemos recorrer às 2h da madrugada, mas nós temos o dentista da família. O Luizinho, como é carinhosamente chamado por todos nós, é o dentista que praticamente vimos nascer e pegamos no colo. Logo que ele se formou na faculdade de
A minha primeira lembrança do Luizinho não é das melhores, mas a minha segunda, a terceira e a quarta também não são. Depois, eu tomei trauma de dentista e nunca mais fui.
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Todo mundo da família tem uma boa história para contar sobre o Luizinho. Seja um roubo mal sucedido de Revista Caras do consultório, seja um serviço mal feito que impediu alguém de comer a ceia de natal, seja a ponte mal colocada que fez o tio banguela cuspir os dentes na hora dos parabéns, ou um tratamento de canal mal acabado que fez a tia urrar de dor todos os dias das suas férias. Mas a melhor de todas as histórias com o Luizinho é, sem dúvida nenhuma, do meu primo Nando.
Um dia o Nando marcou hora no dentista para fazer uma obturação ou qualquer outro tratamento dentário que não me lembro agora. Era no fim da tarde e ele chegou no horário combinado, pegou uma Contigo! e ficou lendo sentado naquele banquinho duro de concreto com almofadinhas floridas que o Luizinho tem no consultório. E nada do Nando ser chamado.
De dentro da sala do dentista vinham gritos desesperados de dor e sofrimento. E pedidos de socorro interrompidos pelo "tzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz" do aparelhinho elétrico do dentista, que é trilha sonora dos meus piores pesadelos até hoje.
Quase uma hora de atraso depois, saiu da sala um Luizinho exausto, suado e acabado, com o avental branco todo sujo de sangue, dos pés até a cabeça.
- Olha, Nando. Volta daqui a meia hora que eu preciso ir para a casa tomar um banho e não dá para te atender agora. Estou tentando extrair um dente de um paciente desde às 7h da manhã.
O Nando olhou para o relógio, viu que eram 5h da tarde e saiu correndo. Não viu o estado que estava o paciente, se estava vivo, ou morto, mas, conhecendo o Luizinho da maneira que nós conhecemos, é bem possível que em cima da cadeira só tenha sobrado a boca com o dente que precisaria ser arrancado.
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Dali a meia hora, de banho tomado, o Luizinho atendeu meu primo que, putaquepariu, voltou no dentista!
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Hoje, 16 de outubro de 2007, tenho limpeza dentária no (lógico!) Luizinho. Se eu não postar nada por aqui em três dias, por favor, chamem os bombeiros. Alguém tem algum recado para o Paulo Autran?
5 comentários:
Hahahahaha! O Luizinho é um dos responsáveis pelas minhas piores manhãs de sábado. Perdi as contas de quantas vezes fiquei na saletinha esperando para ser atendido...
Caraleos, esse seu nazista é pior do que todos com os quais já passei!
É Luizinho Goering, o nome do figura?
gente! qto exagero!!!Tá certo q lá hora marcada é só pro forma, tá certo q não tem grandes luxos, tá certo q ele cobra mauuuuuito mais barato q os outros, q tenta fazer com q vc faça discursos qdo não pode falar, q o protético q trabalha com ele nem é ládessas coisas,concordo com tudo isso!Mas q ele é uma Flor de pessoa, q te recebe sempre de bom humor, isso a gente nem pode negar!
Pãtacaparil Leonor, como você é corajosa!
:O
ah.. adoro o nando...
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