sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Álbum de família


Hoje foi dia de rever algumas fotos antigas da família Macedo, em especial do meu avô. Essa foto, por exemplo, me faz pensar que o vovô nasceu velho. Aí ele estava narrando corridas de cavalo, lá no Jockey Club de São Paulo, quando faltavam uns duzentos anos ainda para eu nascer. Ainda bem que calvície se herda da família da mãe, porque senão era capaz de sobrar até para mim.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Gabi chegou na quarta-feira, dia 17 de outubro, às 16h30 daqui do Brasil, 11h30 lá dos EUA. Quase carequinha, pesando 3,700kg e pouco menor do que a mamãe Flavinha.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Lá vem ela

Flávia, Ana, Cláudia, Márcia, Nando, Rodrigo e eu. De todos os primos em primeiro grau, a Flávia era a mais velha e eu era a caçulinha. São quase 10 anos de diferença de idade que não nos impediram de brincar juntas quando a Flávia ainda era um pouco criança, nem beber juntas quando eu já era um pouco mocinha. Foi a Flávia (junto com a Claudinha, sua irmã e minha outra prima) que me apresentou o mundo de menina crescida e segurou na minha mão.

Eu aprendi rápido até demais e, vupt!, passei uma rasteira em todos os primos (exceto na Marcinha, que também é bem rapidinha). O Lucas chegou antes do esperado (mas não antes do preparado), me destituiu do posto de caçulinha e se tornou o menorzinho dos primos.

Aí, quase seis anos depois, sem nenhuma outra grande novidade, eu é que comecei a dar conselhos para a Flavinha porque vai chegar a Gabriela, herdeira da liderança, das idéias mirabolantes, dos bons conselhos, do primeiro vagão do trenzinho dos primos.

Vai chegar toda metida a besta, com o nome cheio de sotaque, a Gaybriella. Vai nascer morando no estrangeiro, com green card e tudo, nunca vai ter que enfrentar fila na Polícia Federal para tirar passaporte. Vai andar de avião para lá e para cá, vai ser bilingue a bichinha, ou trilingue, ou o que vem depois do trilingue. Vai ser fina, vai viver rodeada de brinquedos Fisher Price. Vai cantar “brilha brilha estrelinha” em inglês! Vai se distrair lá na Disney. E vai gastar tudo em dólar!

E, principalmente, vai aprender, no coração da família Martin Nascimento Macedo Campbell (essa mistura maluca de portuga, com espanhol, com estadunidense agora - oh, god!), a dar sempre o melhor de si para os outros, a crescer com os outros, a respeitar os outros, a ser feita dos outros. Porque foi assim que a gente aprendeu e é assim que todos os nossos herdeiros aprenderão.

Seja muito bem-vinda, Gabriela. Com ou sem sotaque, amada desde sempre.

Lavô, tá novo

Os Martin e Os Macedo nunca tiveram essa frescura de médico da família, que nem nas novelas do Manoel Carlos onde o obstetra que fez o parto da Regina Duarte é o mesmo obstetra dos partos da Gabriela Duarte, da Manoela Duarte e da Rafaela Duarte (e o médico vive até os 200 anos). O pediatra do meu primo, por exemplo, não faço a menor idéia de quem tenha sido. E o ginecologista da minha mãe? É bom eu nem conhecer, porque se eu esbarrar com o doente que olha para a periquita da mamãe eu mato!

Enfim, a gente não tem o médico da família para quem podemos recorrer às 2h da madrugada, mas nós temos o dentista da família. O Luizinho, como é carinhosamente chamado por todos nós, é o dentista que praticamente vimos nascer e pegamos no colo. Logo que ele se formou na faculdade de cortesbovinos odontologia, abriu um consultório quase na esquina da ruazinha onde boa parte da família morava, no bairro das Perdizes, em São Paulo. E é lá que ele atende até hoje.

A minha primeira lembrança do Luizinho não é das melhores, mas a minha segunda, a terceira e a quarta também não são. Depois, eu tomei trauma de dentista e nunca mais fui.

***********************

Todo mundo da família tem uma boa história para contar sobre o Luizinho. Seja um roubo mal sucedido de Revista Caras do consultório, seja um serviço mal feito que impediu alguém de comer a ceia de natal, seja a ponte mal colocada que fez o tio banguela cuspir os dentes na hora dos parabéns, ou um tratamento de canal mal acabado que fez a tia urrar de dor todos os dias das suas férias. Mas a melhor de todas as histórias com o Luizinho é, sem dúvida nenhuma, do meu primo Nando.

Um dia o Nando marcou hora no dentista para fazer uma obturação ou qualquer outro tratamento dentário que não me lembro agora. Era no fim da tarde e ele chegou no horário combinado, pegou uma Contigo! e ficou lendo sentado naquele banquinho duro de concreto com almofadinhas floridas que o Luizinho tem no consultório. E nada do Nando ser chamado.

De dentro da sala do dentista vinham gritos desesperados de dor e sofrimento.
E pedidos de socorro interrompidos pelo "tzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz" do aparelhinho elétrico do dentista, que é trilha sonora dos meus piores pesadelos até hoje.

Quase uma hora de atraso depois, saiu da sala um Luizinho exausto, suado e acabado, com o avental branco todo sujo de sangue, dos pés até a cabeça.

- Olha, Nando. Volta daqui a meia hora que eu preciso ir para a casa tomar um banho e não dá para te atender agora. Estou tentando extrair um dente de um paciente desde às 7h da manhã.

O Nando olhou para o relógio, viu que eram 5h da tarde e saiu correndo. Não viu o estado que estava o paciente, se estava vivo, ou morto, mas, conhecendo o Luizinho da maneira que nós conhecemos, é bem possível que em cima da cadeira só tenha sobrado a boca com o dente que precisaria ser arrancado.

**********************************

Dali a meia hora, de banho tomado, o Luizinho atendeu meu primo que, putaquepariu, voltou no dentista!

************************************

Hoje, 16 de outubro de 2007, tenho limpeza dentária no (lógico!) Luizinho. Se eu não postar nada por aqui em três dias, por favor, chamem os bombeiros. Alguém tem algum recado para o Paulo Autran?